Aqui Todos poderão saber um pouco da minha história, espero que gostem de me conhecer um pouco melhor, e que minha hitoria possa servir de exemplo pra muita gente ...

 

Uma Lição

Câncer não é o fim, mas o inicio de uma...

Segunda Chance.

Meu nome é Paulo Sérgio Adolfo e hoje tenho 21 anos, mas a minha historia começa em 24 de março de 1989, bom a principio eu sempre fui uma criança saudável, mas em 1994 após um chute de uma vaca eu fui hospitalizado, e depois de algum tempo minha mãe e meus avós perceberão que minha barriga estava crescendo em um ritmo acelerado e sem parar, foi ai que minhas necessidades fisiológicas pararam de funcionar e não conseguindo ir mais ao banheiro fui levado novamente ao hospital. 
O médico pediu uma ultrassonografia onde foi constatado que havia uma grande massa de conteúdo desconhecido que cobria grande parte do intestino e a bexiga. Mas creio eu que como ele era um médico com pouca experiência, tentou fazer dreno utilizando uma sonda, pois dizia que eu estava com infecção na bexiga tentou por varias vezes, mas o que conseguiu retirar foi apenas sangue foram momentos de muita dor e sofrimento, mas eu nem sabia que o sofrimento estava apenas começando. Ai o médico resolveu chamar um especialista em bexiga o doutor Bargue que por sua vez chamou o doutor Amilton e os dois juntos fizeram novos exames e descobriram que se tratava de um Tumor no intestino e bexiga.
Posteriormente fui submetido à minha primeira cirurgia, onde foi retirado um Tumor de mais ou menos 1kg e meio juntamente com metade da Bexiga e boa parte do intestino, ai foi mandado um pequeno pedaço do tumor para o Hospital Erasto Gaertner na cidade de Curitiba para fazer uma biópsia onde foi constatado que meu câncer era maligno e chamava - se rabneusarcoma (câncer de musculo). Após essa cirurgia minhas dores eram intensas e muito frequentes, chegava muitas vezes a gritar na cama do hospital e tinha que tomar varias dozes de morfina para que passasse minhas dores.
Então comecei meu tratamento no hospital de Erasto Gaertner de Curitiba em agosto de 1995, mas anteriormente quando eu fui operado pela primeira vez depois de ser retirado o tumor foram identificados vários focos de pequenos tumores que tinham o tamanho semelhante a um grão de arroz e em quinze dias quando iniciei o tratamento em Curitiba, aqueles mesmos focos estavam com o tamanho de um ovo. Tive que fazer as primeiras seções de quimioterapia, que eram extremamente “ruins”, não conseguia me alimentar direito, tinha náuseas com muita frequência e emagreci muito. Os médicos diziam que eu teria no máximo um mês de vida e que se caso conseguisse passar da primeira parte do tratamento as próximas seções de quimioterapia seriam bem pior, pois já não teria tanta imunidade ao tratamento e ficaria cada vez mais debilitado. Mas pela graça de DEUS consegui passar da primeira fase do tratamento, eu era uma criança com apenas cinco anos e não imaginava o que estava acontecendo. E a intensidade do tratamento só aumentava comecei a perder o cabelo, e devido à quimioterapia minhas veias estavam muito fracas e finas e tive de fazer um implante de um cateter no lado esquerdo do meu peito para poder tomar a medicação, mas ele infeccionou e tive que retirar e coloca-lo do outro lado do peito, ai sim retornei ao tratamento que era tão importante, pois parecia que não estava dando resultado já que teria que fazer nova cirurgia. “Às vezes eu escutava minha mãe chorando ao lado da minha cama à noite e sem saber direito o que estava acontecendo falava para ela ficar calma que logo estaríamos em casa”.
Mas para uma criança de cinco anos um hospital não é um lugar adequado, mas eu gostava de ficar lá, pois era onde eu era mimado e bem cuidado sentia que as pessoas queria saber, mas de mim já que na minha casa não era assim, e então comecei a ter problemas psicológicos tinha febres altíssimas e sem explicação, e cada vez que ganha alta não dava uma semana em casa que tinha que voltar correndo para o hospital por que estava com febre alta, e quando chegava ao hospital logo ficava bem. Minhas únicas distrações eram uma escolinha, umas balanças e as festas de natal e pascoa eu tinha que passar as datas festivas lá por que ainda tinha que fazer o tratamento, mas apesar de todo o sofrimento era esses poucos momentos que alegravam as mães e todas as crianças que lá estavam eram essas festas que faziam nós esquecermos por que estávamos ali. Eu tinha muito medo de morrer, pois teve uma época que teve um surto de mortes e tinha eu e, mais umas 100 crianças no hospital e foi morrendo um a um então ficava perguntando para minha mãe quando seria minha vez já que estava vendo que todos meus companheiros estavam se indo. Mas com todo esforço dos médicos foi estabilizado a situação de todos, comecei uma segunda parte do tratamento com seções mais fortes de quimioterapia onde praticamente teria que morar no hospital, mas encontrei alguns amigos que também estavam passando por algo parecido e conseguia me sentir em comum, familiarizado e com menos medo de ficar naquele lugar.
CONTINUA...